terça-feira, 2 de dezembro de 2008

SONHO CONSCIENTE DE 02 12 08

SONHO CONSCIENTE DE 02 12 08

No sonho, estou vivendo um período da minha vida que remonta à década de 1980. Tudo é muito real, como se fosse aqui e agora. Moro em São Paulo. Tenho uns quarenta e poucos anos de idade. Meus cabelos e bigode são negros ainda, apenas um pouco grisalhos. Trabalho numa estamparia de tecidos... Tudo transcorre tranquilamente... Na estamparia estão também meu cunhado e seus irmãos...(Na vida real eles nunca trabalharam lá.) Meu cunhado é um dos chefes. Eles, de certa forma, me perseguem porque sou meio desorganizado... Não coloco as ferramentas nos seus devidos lugares, quando termino de usá-las. Meu patrão, que é também filho do dono da firma, no sonho, é o Mestre Almir... (Mestre representante do núcleo da UDV que eu freqüento) Tudo segue naturalmente, e eu me sinto bem, sou casado, tenho minha família, estou com boa saúde, algumas coisas se misturam no sonho, cenas do Rio de Janeiro, mas nada me preocupa ou perturba. Estou feliz e em paz, como sempre... Até que um dia o meu patrão (que é o M. Almir, no sonho) chega para mim e acusa-me de ter roubado uma grande quantidade de tecidos da estamparia, e que eu vou ser despedido por justa causa e sem direito a receber qualquer tipo de indenização! E o que é pior, ainda terei que prestar contas dos meus roubos na delegacia de polícia. Tento convencê-lo que sou inocente, que deve ser um mal-entendido, mas não adianta. Ele diz que tem provas! E que não é ele que me acusa, e sim, outros empregados e as provas...
Saio da firma triste, aborrecido, muito preocupado, principalmente porque sou inocente! Não roubei nada. Não sei de onde tiraram essa idéia. É uma acusação absurda! Vou conversar com um amigo de muitos anos e ele me acalma, me tranqüiliza e me diz para não me preocupar porque tudo vai ser esclarecido. Vou andando em direção a uma lanchonete onde eu gostava de tomar café e comer lanches, pensando profundamente sobre o assunto e dou-me conta que estou caindo numa armadilha. Vejo-me num beco sem saida... Muitas vezes na vida senti essa sensação, de estar irremediavelmente perdido, mas sempre consigo escapar, às vezes até como se por um milagre... Por este motivo estou sempre calmo, mesmo que o mundo esteja acabando em água ou em fogo, estou sempre tranquilo porque sei que no final tudo acaba bem! (O bar agora está totalmente diferente de antes... Fico perplexo com as mudanças...) Lá encontro um amigo, o Clóvis, o fotógrafo da firma, um rapaz careca e sem pelos no rosto. (Era um grande amigo, no tempo em que trabalhei lá.) Ele está junto com seu irmão gêmeo. Observo como os dois são exatamente iguais. (Na vida real o Clóvis não tem nenhum irmão gêmeo, isso é só no sonho) Um parece ser o sósia do outro, e fico espantado ao ver que o Clóvis tem cabelos e um pouco de barba, e seu irmão também... (na vida real o Clóvis não tem um único pelo em todo corpo. Já nasceu assim! Parece um ET...) Converso com ele e seu irmão. Os dois me esclarecem dizendo-me que meu cunhado e seus irmãos fizeram o roubo e deixaram pistas para me incriminarem... Talvez eles tenham inveja de mim porque estou sempre bem, sempre alegre, e me aprontaram essa! Vou para casa pensativo, triste, procurando uma saída, quando de repente dou-me conta que estou sonhando. A princípio não acredito muito que é sonho, pois tudo é tão real! A vida é exatamente igual aqui. Sou o mesmo indivíduo, tendo a mesma aparência de sempre, com os mesmos pensamentos, as mesmas idéias, os mesmos ideais... Como pode ser sonho, se tudo é tão real? Mas é! E logo vem-me aquela sensação de alegria, de acordar no sonho, é uma sensação maravilhosa, indescritível!... E o costumeiro pensamento: Ora, se isto é um sonho, posso voar! E saio voando por cima dos carros, como um super-homem! Que maravilha é voar! E continuo sonhando, só que desta vez vou interagindo no sonho, produzindo algumas imagens, e de repente acordo na cama no meio da madrugada... E permaneço alguns minutos recordando tudo, cada detalhe do sonho... Depois pego meu aparelho de som para ouvir músicas, que é algo que adoro fazer todas as manhãs antes de levantar-me. E a sensação é de pura felicidade em saber que existe realmente uma vida bem ativa na cama, dormindo, e que eu estou tendo cada vez mais acesso a essa vida maravilhosa do Mundo dos Sonhos, (enquanto meu corpo repousa) que por incrível que pareça, é tão real como esta! Lá se tem mais liberdade para se ir para onde se quer e estudar as coisas de uma forma bem diferente daqui! Acredito que isso que acontece comigo é a recompensa pelos anos de exercícios espirituais que eu pratiquei quando freqüentava assiduamente a Fraternidade Rosacruz e o Trabalho de Gurdjieff, e também porque o chá Hoasca nos auxilia a libertar-se cada vez mais da matéria.
Abel Fernandes

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